quinta-feira, 29 de abril de 2010

Blog em manutenção

Em breve novos textos e histórias.
Aguardem

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Saudades do meu carro velho!


Nunca dei bola pra carro. Depois que me mudei pra Buenos Aires menos ainda. Quando cheguei e estava casado, a opção do momento era de ter um carro só, afinal tudo era perto e não faria sentido ter 2. Comprei na época uma SURAN, que no Brasil é a Space Fox. Quando me separei, ficou com a ex.

Pra não ficar a pé, comprei um GOLF 2004, que estava com uma dessas plaquinhas de venda e morava no mesmo bairro. Foram pouco mais de 2 anos com o GOLF. Zero de trabalho, zero dor de cabeça. Estacionava em qualquer lado, sem frescura. E até que para padrões argentinos, não estava mal. Aqui, considerando a tristeza que é a frota, um carro 2004 não passa vergonha alguma.

Mas achei que estaria na hora de mudar. Afinal um carro com mais de 6 anos começaria a dar problema e seria um sintoma de tornar-me um pouco argentino: ir ficando com o carro até que a morte nos separasse, como é comum por aqui.

Meus consultores (filho e filha) me ajudaram a definir modelo e cor e acabei comprando um HONDA CITY, completinho, automático, banco de couro, tudo que se tem direito. Aí em SP já vi muitos nas ruas. Aqui ainda se vê pouco, apesar do preço ser bem melhor que no Brasil.

Retirei o carro nos últimos dias de fevereiro. Meu prédio não tem garagem e a partir de 01/março iria deixar o carro em um estacionamento pertinho. Deixei o carro estacionado em frente ao prédio, que tem uma guarita 24 horas. Saí na manhã seguinte e para minha desagradável surpresa, haviam raspado e amassado o parachoque traseiro. Fiquei bem chateado, afinal o carro tinha horas, nem um dia.

Lamentei, mas não tinha nada a fazer a não ser mandar desamassar e pintar. Dois dias depois, o carro já completando 48 horas, tive outra surpresa. Algum FILHO DE UMA PUTA riscou a lateral do carro, bem fundo, suficiente para ter que pintar a porta, já que uma cerinha não bastava.

A alegria do carro novo já tinha passado, se é que deu tempo de sentir alguma alegria. Passei a ter que gastar com estacionamentos em todos lugares e ficar preocupado com a “porra do carro novo”!

Esse domingo, outra alegria!! A “pdcn” (porra do carro novo) estava estacionada na rua, em frente de casa. Levei a família para comer perto de casa, a pé. De repente começa a chover forte. Olho pra fora do restaurante e era uma chuva de granizo!! Carajo!!!! A “pdcn” obviamente foi duramente atingida! Já liguei na seguradora e agendaram a vistoria para daqui a 2 semanas!! Antes, não há “turno disponible” .

A “pdcn” recém completa 1000Km. Amanhã levo na primeira revisão. Quanta alegria!! Que saudades do meu carro velho!!


segunda-feira, 19 de abril de 2010

A mala que vai e vem

Sempre fui um viajante que leva mais bagagem do que a necessária, já que entendo que é melhor sobrar do que faltar.

Mas de tanto ir e voltar a SP, aos poucos fui me aperfeiçoando e hoje a logística é mais simples.

Sapatos, tênis, ternos, camisas para trabalhar, fica tudo em SP. De quantidade mesmo levo cuecas e meias. Levo bastante para não ter que ficar lavando. No mais, nada de especial. Até que a mala vai vazia, a não ser quando alguém pede alguma encomenda ou algum vinho em especial.

O espaço deixado na ida é completado na volta. E claro que não fico comprando roupas em SP . Eu vou mesmo é no supermercado! Compro comida!

Os artigos que nunca faltam em minha casa são: suco de uva de garrafa, requeijão Poços de Caldas, chocolate em pó dos padres e Leite Moça para fazer brigadeiro, farinha láctea Nestlé, Paçoquita, Amandita, Calipso, água de coco de caixinha, Alpino, Sonho de Valsa, etc.

Já cheguei a trazer 2 kgs açaí dentro de uma geladeirinha. Por sorte, a alfândega não pegou, já que é proibido entrar com frutas, grãos , etc.

A grande sacada é como trazer feijão! Já fui pego uma vez e depois descobri o caminho das pedras. Tem que colocar o feijão na mala de mão. Se te pedem para passar a mala no “scanner” da Receita Federal, deixe a mala de mão de fora, na parte de trás do carrinho de empurrar malas.

Algum tempo atrás escrevi sobre a dificuldade de fazer supermercado na Argentina. Acho que o jeito é continuar a fazer mercado em SP!

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Garçons portenhos

Sem querer comparar, mas já comparando, não dá para comparar o atendimento de um garçom argentino com um brasileiro (de SP, “por supuesto”). Antes de continuar a ler, volte e releia do início desse parágrafo, uma das melhores e incomparáveis frases que já escrevi, ao bom estilo do falecido Armando Nogueira.

Voltando ao tema. Um restaurante normal argentino chega a ter um garçom para atender 20 mesas. Obviamente que o serviço fica lento. O sujeito nunca está olhando para sua mesa, sempre está atendendo uma das outras 19 mesas, que juntas somam umas 80 bocas. Alem de tomar o pedido e servir, normalmente tem que recolher os pratos e limpar a mesa. Levam consigo uma carteirinha de couro e eles mesmos cobram e dão o troco, manuseando a grana, alem da comida. Claro que há exceções, mas esse padrão é o mais comum.

A taxa de serviço não é cobrada na conta. Cada cliente deixa a “propina” que quiser. Ao estilo americano, é daí que sai boa parte do seu salário.

Para quem está acostumado com São Paulo, o atendimento em muitos lugares portenhos chega a ser irritante. Com todo respeito, o garçom argentino tem velocidade baiana e simpatia italiana. Demora e se você reclamar ele ainda cospe no prato.

A explicação ao meu entender se baseia em 2 fatos. Primeiro que o dono do restaurante evita ao máximo ter empregados, sobrecarregando poucos para atender muitos clientes. Segundo, que muitas vezes o garçom está lá trabalhando porque não conseguiu nada melhor. Não gosta do que faz, teve uma escola até que boa, mas o mercado de trabalho não lhe absorveu. Trabalha só pela grana, infeliz de estar lhe servindo, já que no fundo era ele que queria estar lá sentado comendo.

Os garçons de SP, sem bairrismo (essa forcei!), valorizam o trabalho que tem, atendem com vontade e simpatia. Estão para te servir, com humildade e educação. Em São Paulo cada cliente é tratado como um rei.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Argentina na Copa 2010 - Por que sim e por que não

Vai ser campeã porque:

Messi é espetacular e vai decidir. Tevez, Milito, Higuain são todos goleadores. Mascherano é um xerife no meio campo. Verón é um líder e joga muito. Qualquer goleiro argentino é bom. Os laterais são bons. Os zagueiros são experientes e firmes. O time vai embalar durante o torneio. Jogam por amor a camisa. Maradona tem estrela.

Não vai ser campeã porque

Messi não joga nada na seleção. Os atacantes são muito marcados. Mascherano é um cavalo e vai tomar cartões amarelos/vermelhos. Verón está velho. Ninguém nem sabe o nome do goleiro que vai jogar. Os laterais vão tremer. Os zagueiros são pesados e vão entregar. Mesmo embalados, a sorte vai estar ausente. Não basta ter raça. Maradona como técnico é um desastre.

95% dos argentinos, pessimistas pela própria natureza, acreditam que não serão campeões. Amén!