quinta-feira, 12 de agosto de 2010

"Alt 64" ?

Não sei o motivo, se é atraso ou simplesmente uma forma de se diferenciar dos demais países. Sempre pergunto quem é mais inteligente: portugueses ou espanhóis, respectivamente colonizadores do Brasil e Argentina. O fato é que fizeram questão de implementar tudo diferente em países vizinhos.

Dentre as convenções argentinas, seguem algumas curiosas:

Resolveram que para digitar a arroba, @, são necessários utilizar a tecla Alt e simultaneamente digitar 64. “Ora bolas. Raios!”, de onde veio essa brilhante idéia? Acho que há muitos anos atrás quando a arroba era apenas uma medida de peso, pouco utilizada em qualquer teclado, mal fazia parte do rol dos símbolos disponíveis, até que resolveram que ao apertar as teclas “Alt 64” de forma simultânea, o resultado seria a arroba = @. Mas pare pra pensar quantas arrobas você digita por dia. Não seria mais fácil um “shift @”? E a internet já completa praticamente 15 anos de vida, ou um pouco mais.

Definiram que todas tomadas fossem 220w e o encaixe com 3 pontas, como nas máquinas de lavar roupa. Se um estrangeiro vem a Argentina e leva seu celular, precisa de um adaptador local para carregá-lo. Qualquer aparelho eletrônico comprado fora do pais deve ser adaptado ao sistema argentino. O Mané aqui já queimou um aparelho de som que era 110w por pura distração.

Há uma série de outras curiosidades como o padrão das chaves das casas, os botões para puxar descarga , coisas que só vivendo para crer.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

BRASIL X HOLANDA, visto na ARGENTINA

Passado menos de um mês do final da Copa, que parece muito mais, venho revelar como foi ver o jogo do Brasil no pais dos inimigos. Dias antes do início da Copa pendurei a bandeira brasileira na janela. A idéia era que ficasse lá até o dia 11.07, dia da final, mas não deu.

Estava no Brasil e cheguei na Argentina para ver as quartas de final, justo o jogo contra a Holanda. “Felizinho” e um pouco “metido”, pela manhã coloquei essas bandeirinhas na janela do carro. As pessoas na rua olhavam, olhavam... em menos de 5 minutos, olho pra fora e cadê a bandeirinha?? Caiu, o vento levou, não sei bem o que se passou. Era um mal sinal.

Gosto de ver jogo sozinho, sem comentaristas por perto. Jogo de Copa tem que prestar atenção! Cheguei em casa concentrado. No meio do hino nacional brasileiro, momento que particularmente curto, me toca a campainha. Nunca toca a campainha . Atendi o interfone , era o carteiro, disse pra passar outra hora. Um minuto depois toca de novo o zelador perguntando se poderia receber a carta. Disse que sim. Dois minutos depois, a bola tava quase rolando e chega carta por debaixo da porta. Uma citação para resolver um tema familiar (nada grave, mas incômodo). E a bola ia rolar. A concentração já tinha ido pras cucuias.

Depois do primeiro tempo espetacular fiquei confiante. O problema é que os jogadores também e acabaram esquecendo que o jogo ainda tinha 45 minutos. E aconteceu o que já sabem. O que não sabem é que a transmissão na minha casa estava com uns 5 segundos de delay e só descobri quando a vizinhança pulou e gritou goooool, quando a bola ainda nem tinha sido levantada pelo Snijder, carrasco do jogo. Não entendi nada e depois, bem depois vi a cagada do Julio Cesar., o grande culpado.

O segundo gol holandês então ... eu já imaginava... outra gritaria e na minha TV o cara ainda ajeitava a bola pra bater o escanteio.

Recebi inúmeros emails de argentinos contentes, que não sabiam o que os alemães iriam aprontar no dia seguinte. Fui salvo pela Alemanha, dei 4 inesquecíveis gritos de gol pela janela, agregados ao tradicional “CHUUUPA ARGENTINA” .A vizinhança saía na janela pra me xingar e soltava outro ‘CHUUUPPAAAAAA”.

Quatro anos de espera... uma eternidade. Hora de esquecer de futebol.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Sede de escrever

Depois de meses "movidos" entre algumas viagens, futebol e nascimento de uma filha argentina, acho que está na hora de reativar o "blog".

Escrever é um grande prazer. E mais gostoso é quando os amigos reclamam por novas histórias e surgem pessoas que do "nada" ou partir de alguma pesquisa no "google" me mandam emails e fazem comentários.

Vou retomar a escrita!

Beijos e abraços
Marcinho


quinta-feira, 29 de abril de 2010

Blog em manutenção

Em breve novos textos e histórias.
Aguardem

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Saudades do meu carro velho!


Nunca dei bola pra carro. Depois que me mudei pra Buenos Aires menos ainda. Quando cheguei e estava casado, a opção do momento era de ter um carro só, afinal tudo era perto e não faria sentido ter 2. Comprei na época uma SURAN, que no Brasil é a Space Fox. Quando me separei, ficou com a ex.

Pra não ficar a pé, comprei um GOLF 2004, que estava com uma dessas plaquinhas de venda e morava no mesmo bairro. Foram pouco mais de 2 anos com o GOLF. Zero de trabalho, zero dor de cabeça. Estacionava em qualquer lado, sem frescura. E até que para padrões argentinos, não estava mal. Aqui, considerando a tristeza que é a frota, um carro 2004 não passa vergonha alguma.

Mas achei que estaria na hora de mudar. Afinal um carro com mais de 6 anos começaria a dar problema e seria um sintoma de tornar-me um pouco argentino: ir ficando com o carro até que a morte nos separasse, como é comum por aqui.

Meus consultores (filho e filha) me ajudaram a definir modelo e cor e acabei comprando um HONDA CITY, completinho, automático, banco de couro, tudo que se tem direito. Aí em SP já vi muitos nas ruas. Aqui ainda se vê pouco, apesar do preço ser bem melhor que no Brasil.

Retirei o carro nos últimos dias de fevereiro. Meu prédio não tem garagem e a partir de 01/março iria deixar o carro em um estacionamento pertinho. Deixei o carro estacionado em frente ao prédio, que tem uma guarita 24 horas. Saí na manhã seguinte e para minha desagradável surpresa, haviam raspado e amassado o parachoque traseiro. Fiquei bem chateado, afinal o carro tinha horas, nem um dia.

Lamentei, mas não tinha nada a fazer a não ser mandar desamassar e pintar. Dois dias depois, o carro já completando 48 horas, tive outra surpresa. Algum FILHO DE UMA PUTA riscou a lateral do carro, bem fundo, suficiente para ter que pintar a porta, já que uma cerinha não bastava.

A alegria do carro novo já tinha passado, se é que deu tempo de sentir alguma alegria. Passei a ter que gastar com estacionamentos em todos lugares e ficar preocupado com a “porra do carro novo”!

Esse domingo, outra alegria!! A “pdcn” (porra do carro novo) estava estacionada na rua, em frente de casa. Levei a família para comer perto de casa, a pé. De repente começa a chover forte. Olho pra fora do restaurante e era uma chuva de granizo!! Carajo!!!! A “pdcn” obviamente foi duramente atingida! Já liguei na seguradora e agendaram a vistoria para daqui a 2 semanas!! Antes, não há “turno disponible” .

A “pdcn” recém completa 1000Km. Amanhã levo na primeira revisão. Quanta alegria!! Que saudades do meu carro velho!!


segunda-feira, 19 de abril de 2010

A mala que vai e vem

Sempre fui um viajante que leva mais bagagem do que a necessária, já que entendo que é melhor sobrar do que faltar.

Mas de tanto ir e voltar a SP, aos poucos fui me aperfeiçoando e hoje a logística é mais simples.

Sapatos, tênis, ternos, camisas para trabalhar, fica tudo em SP. De quantidade mesmo levo cuecas e meias. Levo bastante para não ter que ficar lavando. No mais, nada de especial. Até que a mala vai vazia, a não ser quando alguém pede alguma encomenda ou algum vinho em especial.

O espaço deixado na ida é completado na volta. E claro que não fico comprando roupas em SP . Eu vou mesmo é no supermercado! Compro comida!

Os artigos que nunca faltam em minha casa são: suco de uva de garrafa, requeijão Poços de Caldas, chocolate em pó dos padres e Leite Moça para fazer brigadeiro, farinha láctea Nestlé, Paçoquita, Amandita, Calipso, água de coco de caixinha, Alpino, Sonho de Valsa, etc.

Já cheguei a trazer 2 kgs açaí dentro de uma geladeirinha. Por sorte, a alfândega não pegou, já que é proibido entrar com frutas, grãos , etc.

A grande sacada é como trazer feijão! Já fui pego uma vez e depois descobri o caminho das pedras. Tem que colocar o feijão na mala de mão. Se te pedem para passar a mala no “scanner” da Receita Federal, deixe a mala de mão de fora, na parte de trás do carrinho de empurrar malas.

Algum tempo atrás escrevi sobre a dificuldade de fazer supermercado na Argentina. Acho que o jeito é continuar a fazer mercado em SP!

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Garçons portenhos

Sem querer comparar, mas já comparando, não dá para comparar o atendimento de um garçom argentino com um brasileiro (de SP, “por supuesto”). Antes de continuar a ler, volte e releia do início desse parágrafo, uma das melhores e incomparáveis frases que já escrevi, ao bom estilo do falecido Armando Nogueira.

Voltando ao tema. Um restaurante normal argentino chega a ter um garçom para atender 20 mesas. Obviamente que o serviço fica lento. O sujeito nunca está olhando para sua mesa, sempre está atendendo uma das outras 19 mesas, que juntas somam umas 80 bocas. Alem de tomar o pedido e servir, normalmente tem que recolher os pratos e limpar a mesa. Levam consigo uma carteirinha de couro e eles mesmos cobram e dão o troco, manuseando a grana, alem da comida. Claro que há exceções, mas esse padrão é o mais comum.

A taxa de serviço não é cobrada na conta. Cada cliente deixa a “propina” que quiser. Ao estilo americano, é daí que sai boa parte do seu salário.

Para quem está acostumado com São Paulo, o atendimento em muitos lugares portenhos chega a ser irritante. Com todo respeito, o garçom argentino tem velocidade baiana e simpatia italiana. Demora e se você reclamar ele ainda cospe no prato.

A explicação ao meu entender se baseia em 2 fatos. Primeiro que o dono do restaurante evita ao máximo ter empregados, sobrecarregando poucos para atender muitos clientes. Segundo, que muitas vezes o garçom está lá trabalhando porque não conseguiu nada melhor. Não gosta do que faz, teve uma escola até que boa, mas o mercado de trabalho não lhe absorveu. Trabalha só pela grana, infeliz de estar lhe servindo, já que no fundo era ele que queria estar lá sentado comendo.

Os garçons de SP, sem bairrismo (essa forcei!), valorizam o trabalho que tem, atendem com vontade e simpatia. Estão para te servir, com humildade e educação. Em São Paulo cada cliente é tratado como um rei.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Argentina na Copa 2010 - Por que sim e por que não

Vai ser campeã porque:

Messi é espetacular e vai decidir. Tevez, Milito, Higuain são todos goleadores. Mascherano é um xerife no meio campo. Verón é um líder e joga muito. Qualquer goleiro argentino é bom. Os laterais são bons. Os zagueiros são experientes e firmes. O time vai embalar durante o torneio. Jogam por amor a camisa. Maradona tem estrela.

Não vai ser campeã porque

Messi não joga nada na seleção. Os atacantes são muito marcados. Mascherano é um cavalo e vai tomar cartões amarelos/vermelhos. Verón está velho. Ninguém nem sabe o nome do goleiro que vai jogar. Os laterais vão tremer. Os zagueiros são pesados e vão entregar. Mesmo embalados, a sorte vai estar ausente. Não basta ter raça. Maradona como técnico é um desastre.

95% dos argentinos, pessimistas pela própria natureza, acreditam que não serão campeões. Amén!

segunda-feira, 29 de março de 2010

PESAJ Urbano

Sempre fui um judeu “ não praticante”. Respeito todas religiões e tenho minha fé própria. Também confesso que sempre fui desinteressado e um “pouco muito” ignorante em relação a história do judaísmo, datas, tradições, etc. Um misto da educação que recebi dentro de casa com minha opção pessoal.

Mas apesar da minha reconhecida ignorância, sempre tive o prazer de ter inúmeros amigos judeus, onde o respeito as escolhas individuais sempre aconteceu.

E seja por coincidência ou caminhos que a vida vai apresentando, em Buenos Aires, fiz inúmeros amigos judeus, sem a menor intenção, sem nenhum interesse, apenas por gostos e costumes comuns que independem da religião. Esse sábado almoçava com 3 amigos, todos jujubas.... Outro dia éramos uns 15 jujubas entre outros 15 goyabas.

Na Argentina a comunidade judaica, ou “la colectividad” é bem grande, a maior da America Latina e a quinta maior do mundo. Agregando um fato histórico, em 1994 houve em Buenos Aires o maior atentado contra judeus depois da 2a.guerra mundial, matando 85 pessoas e ferindo outras 300. Seja por questões históricas, religiosas e o que for, já escutei alguns casos de antisemitismo, presentes na sociedade argentina. Diga-se de passagem, em alguns clubes privados e algumas cidades, judeus não são bemvindos.

Mas meu!!!! Esse tema é sempre delicado... eu não entendo picas... e estou aqui arriscando minhas palavras!!

Tudo isso para contar que ontém, depois de almoçar em um restaurante brasileiro meio ruim (mas que as crianças tomaram suco de manga e comeram arroz com feijão) havia um evento na Plaza Armênia no bairro de Palermo, que se chamava PESAJ URBANO. Haviam comidas típicas, (pena que já havia almoçado) musica hebraica e distribuíam um material muito bem feito explicando o significado do PESSACH. Agora estou um pouco menos ignorante... conversei com meus filhos que são de um casamento misto e gostaram de aprender um pouco da história.

FELIZ PESSACH... acho que a data está próxima

sexta-feira, 26 de março de 2010

Superclássico - BOCA X RIVER

A rivalidade BOCA X RIVER supera a de qualquer clássico brasileiro. Se adoramos futebol, por aqui quando o tema é BOCA X RIVER o que existe é o fanatismo mais louco que se possa imaginar. São doentes.

Os dois times andam mal das pernas e não brigam pelo titulo, mas ganhar o clássico é tão ou mais importante que ser campeão.

No domingo passado o jogo foi suspenso nos primeiros minutos por causa de um temporal que inundou a “ cancha” do BOCA, a famosa “ la Bombonera”. O jogo foi adiado para ontém 15:45!! Isso mesmo, a tarde!!

E vejam só! O estádio estava completo, praticamente 60.000 torcedores amontoados para ver o jogo e as TVs e rádios da cidade todos ligados. Parei para me perguntar se havia gente trabalhando ou que desculpa inventaram os 60.000 torcedores aos seus patrões. Haja atestado medico!

O jogo terminou 2 x 0 para o Boca. O River é “ horrîver”.

Ainda não tive a coragem de pisar em um BOCA X RIVER. Quem sabe um dia!

quarta-feira, 24 de março de 2010

O esporte faz amigos

No início de 2008, recém separado e começando uma nova etapa em minha vida, tive a felicidade de entrar em um grupo de assessoria esportiva argentino, esses que as pessoas treinam corrida como na USP e Ibirapuera em SP.

Na época estava bem mais pesado e como todo recém separado queria estar em forma para “voltar ao mercado” . Emagreci bastante, participei de boas provas, entre elas uma de aventura cruzando a cordilheira dos Andes no início de 2009. Hoje, recuperei alguns quilos, mas sigo bem mais magro que quando me separei.

Passados dois anos participando desta assessoria esportiva, posso afirmar que foi uma das melhores coisas que poderia ter feito por aqui. Neste grupo fiz várias amizades e contatos profissionais. Apesar de sempre comentar e falar de coisas que por aqui me desagradam (afinal estava acostumado com mordomias paulistanas), posso dizer que os argentinos são divertidos, alegres e gente finíssima!!

Ontém fui em um churrasco a noite, só homens. Quando cheguei fui ovacionado com musicas que cantam nos estádios.... Ole Marcio... Ole Marcio!!! Todo mundo adora o Brasil e me tratam muito bem!

Me fez lembrar quando eu tinha 10 anos e cheguei no acampamento de férias NR sem nenhum amigo e fiquei tristonho até que houve o primeiro futebol. Bastou jogar bola e as amizades se eternizaram.

Onde quer que esteja, na idade que for, o esporte é o caminho da alegria, da saúde e das amizades.

Gracias amigos!

quinta-feira, 11 de março de 2010

Pequenos Cidadãos

Hoje, depois de alguns “posts” de caráter mais critico, aproveito o blog para falar de algo que é bem positivo por aqui: escolas e crianças.

Quando almoço no bairro onde moro, que tem várias escolas, sempre observo algo difícil de imaginar em uma cidade como São Paulo: crianças caminhando livremente nas ruas, indo comer nos pequenos restaurantes próximos.

A grande maioria das escolas tem dupla jornada e quem não almoça no refeitório da própria escola, tem o hábito de sair para almoçar com amigos.

Por mais que Buenos Aires hoje não seja a cidade segura que já foi um dia, esse movimento na rua, com “chicos y chicas” bem uniformizados chama a atenção.

Quando vivia em São Paulo, meus filhos estudavam no colégio Vera Cruz, que sempre teve como marca o fato de ser liberal e moderno. Uma das metas era integrar os alunos as praças e lugares públicos, tornando-os mais cidadãos. Mas alguns episódios envolvendo assaltos, tiroteios em frente a escola, etc. tornaram o projeto da escola muito questionado por pais e mães. Deixar os filhos livres e soltos nas ruas de São Paulo é algo que expõe a riscos que os pais não querem correr. Depois, me lembro de alguns sequestros de alunos do Dante e do Santa Cruz. Enfim, naquele momento, ter alunos cidadãos era praticamente impossível.

Por aqui, por enquanto, essa integração do aluno com a vida real acontece de forma natural, sem grandes sustos e preocupações.

Noto que as crianças argentinas são mais crianças, menos erotizadas , mais ingênuas. Vivem a infância como lhes corresponde.

Enfim, um ponto importante a favor dos hermanos!

terça-feira, 9 de março de 2010

Multas de trânsito em Buenos Aires

É recente a descoberta das multas de trânsito como grande fonte de receita para o governo portenho. Certamente se inspiraram em São Paulo e tentaram copiar o modelo.

Porém os problemas são vários. Muitos lugares não estão sinalizados. Já aconteceu (mais de uma vez) de chegar no carro e nada do carro... a primeira sensação é que roubaram, mas em seguida alguém te avisa que o guincho acabou de levá-lo!

Há uma lei federal que proíbe estacionar no lado esquerdo da rua. Logo não há placa. Se o carro estiver parado aí, em alguns minutos já levam.

Sou a favor da ordem e da disciplina. Entendo que as multas serem caras ajudam a organizar a cidade. Porém por aqui, há má fé em favor da arrecadação.

Na segunda vez que guincharam o carro, fui indignado recorrer da multa! Um verdadeiro parto, onde a chance de reverter a situação é próxima de zero. O carro estava bem estacionado, do lado direito, mas perto da esquina. O problema era que era o último da fila e o mais fácil para o guincho arrumar o que fazer.

Me documentei, levei foto, etc. Aqui quando quer recorrer tem que ir a uma espécie de juízado de pequenas causas. Levantam sua ficha e um “juiz” te julga inocente ou culpado. Perde-se uma manhã para o trâmite, que no meu caso foi em vão. A alegação do “juiz” foi que naquela rua onde estava o carro, não podia estacionar de nenhum lado. Mas não tinha placa e tinham outros 50 carros estacionados. Discutir com o "fdp" foi só perda de tempo.

Multas por estacionamento, velocidade e por qualquer motivo que inventarem podem chegar e não há muita opção a não ser pagá-las, mesmo que injustas. O cidadão portenho não tem como se proteger.

sexta-feira, 5 de março de 2010

Domésticas

Que saudades que dá da Adriana, a empregada que trabalhava na minha casa de SP. Era responsável, gostava das crianças, cozinhava, deixava a casa impecável, as camisas bem passadas e estava sempre bem humorada.

Provavelmente, independentemente do destino dos brasileiros que saem do país, uma grande dificuldade é conseguir uma boa empregada.

Na Argentina, as “chicses” são em 90% dos casos são uma mistura de paraguaias, bolivianas e peruanas . Caraca, peguei pesado no preconceito?? Não, é só um fato verídico.

O que elas menos querem e gostam é de trabalho. Fazem o mínimo necessário, sem a menor boa vontade e estão sempre loucas para irem embora. Desculpas para não trabalhar aos montes. Basta estar nublado e já tem um motivo para não sair de casa. Quando você menos espera, vem com um filho na barriga. Os outros filhos estão em algum lugar, esperando a mãe chegar para fazer o supermercado e preparar a comida. O marido, normalmente é um vagabundo sem vergonha. Bebe e vê TV.

Estava montando uma coleção de camisas de futebol para meu filho e de um dia para o outro as camisas do BARCELONA e do ROMA simplesmente desapareceram. Ok, ok... não é uma exclusividade argentina esse tipo de “ chicse “. Mas que dá saudade da Adriana, dá.!

terça-feira, 2 de março de 2010

Supermercados Argentinos

Fazer supermercado é um dos grandes “penalties” para um divorciado. Para piorar minha situação, tenho que ir aos supermercados argentinos.

O “modus operandi”, como tudo por aqui, é diferente, ou melhor dizendo, pior.

A seguir algumas caracaterísticas dos supers argentinos:

Muitos não tem estacionamento. Tenho que pendurar os saquinhos um em cada dedo... quando chego até o carro as mãos já estão todas marcadas. Preciso encontrar a chave, liberando algum saquinho... normalmente o do “ovo” acaba caindo no chão.

Não há empacotadores. Você mesmo é responsável por ensacar a compra.

Seguindo a linha de “quanto menos empregados melhor”, é comum em um CARREFOUR ter 3 ou 4 caixas funcionando e grandes filas.

Compras maiores, sem exceção, só delivery. É o mais comum. O problema é que podem demorar até 3 horas para entregar e alguém tem que ficar esperando.

Os caixas rápidos para compras de até 10 volumes são lentos. Não deviam chamar rápidos!

O monitor que demonstra os preços fica virado para o caixa e não para o comprador. Precisa conferir!

Os preços nas gôndolas são mal marcados. O mais normal é aparecer algo errado, e é claro, mais caro do que aparece na gôndola.

Muitos caixas recebem pagamentos de água, luz, telefone, etc... Se tem alguém pagando conta na sua frente, é necessário paciência redobrada!

As vezes , quando está chegando sua vez, o caixa para de funcionar. A partir de um volume de dinheiro no caixa, vem um gerente retirar o dinheiro e demora até voltar a funcionar.

E completando. Não tem:

requeijão

farinha láctea

suco de uva Superbom

leite moça

paçoquita

“nossas” frutas

feijão!!


sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

TV Argentina

Os canais de TV argentinos tem basicamente 2 funções: termômetro e relógio. Tirando isso, pode mudar de canal.

Os noticiários seguem o estilo “Aqui e Agora”, sensacionalistas e com pouco conteúdo. As novelas são mexicanas ou brasileiras e as propagandas de baixa qualidade.

Até para transmitir futebol são fracos. Devem usar equipamentos da década de 70. A imagem fica opaca e filmam de longe. A publicidade durante os jogos é feia, aumentam o volume e os anunciantes normalmente são: a lavanderia, o camiseiro, o “delivery” de empanada, o alfajor “Jorgito” e algum outro amigo do locutor.

Talvez o único programa “assistível “ seja o CQC, que é engraçado e cujo modelo foi exportado para o Brasil. Mas passa em um horário muito argentino: segunda-feira 23:30!

Acho, porque não assisto, que todas as noites tem um programa de auditório com um apresentador chamado Marcelo Tinelli., uma espécie de Faustão. É insuportável.

A versão do “Big Brother” que chama “Gran Hermano” foi um fiasco. A produção foi simplória, o premio ao ganhador 20 vezes menor e as mulheres não pousaram para a PLAYBOY.

Não é a toa que o mercado argentino de TV por assinatura é muito grande. Não tenho o dado exato, mas sei que o percentual da população que usa TV por assinatura é enorme se comparado ao Brasil.

Bom, vou assistir a temperatura e o horário! Tchau!


segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Chuva paulista em Buenos Aires

Nunca havia presenciado uma chuva paulista em Buenos Aires. Eram 17:30 da tarde de sexta-feira. O céu foi ficando denso e de repente o dia virou noite.

Eu estava com meu filho no carro voltando do bairro de Palermo, um dos mais atingidos pela chuva. As ruas, que são todas planas, foram se transformando em riachos e a água começava a subir em alta velocidade.

Rapidamente consegui entrar em um estacionamento de um hipermercado e lá ficamos esperando a água baixar de nível. As pessoas caminhavam com água até o joelho pela Avenida Santa Fé, semáforos não funcionavam e a cidade ficou caótica. Carros começavam a boiar.

Apesar do volume de água ter sido enorme, a cidade mostrou suas deficiências. Sacos de lixo e muita “ caca de cachorro” se misturavam a água da chuva e dos bueiros entupidos. A cidade, que já é suja, me perdoem a expressão, ficou uma merda só!

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

ATP de Buenos Aires


Todo fevereiro é realizado em Buenos Aires um torneio profissional de tênis no LAWN TENNIS CLUB, que fica próximo aos bosques de Palermo e perto de casa.

Essa é a 10a edição do torneio. O primeiro campeão do torneio foi nada mais nada menos que o nosso GUGA, que é muito querido pelos argentinos.

Apesar de não estarem os melhores do ranking, estão presentes 3 campeões de Roland Garros: Ferrero, Moyá e Gaudio , alem de Nalbandián, o espanhol David Ferrer e um monte de argentinos bons, menos o Del Potro. Para terminar a lista, outro tenista com presença garantida é o Ricardo Topo Leirner * , melhor tenista brasileiro no torneio, que tem sua quinta participação consecutiva.

Ontem estive lá com o Ricardo Topo e depois comemos uma pizza em Las Canitas, bairro com vários bares e restaurantes. Chegamos lá depois das 23:00. Tava tudo lotado e nos perguntamos onde estaria a crise argentina?

No fim de semana tem mais tênis! Quem sabe nos próximos anos, além do Ricardo Topo, outros tenistas da elite brasileira possam comparecer e prestigiar o evento.

* para quem não conhece , o Ricardo Topo Leirner é um velho e bom amigo além de excelente tenista e corinthiano!

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Compra e venda de automóveis




Não é novidade que a frota argentina é antiga, para não dizer velha.

Além do argentino ser meio “durango” e não haver crêdito, descobri recentemente outro motivo que dificulta a renovação da frota: a burocracia.

Ter um carro por aqui é como ter uma propriedade! O veiculo é registrado no cartório, como se fosse um imóvel. Para vender ou comprar um carro, são necessários inúmeras certidões a serem retiradas em órgãos distintos, uma verdadeira maratona.

O número de formulários e assinaturas é incalculável. O escrivão tem que reconhecer as assinaturas. E depois de vender o carro, ainda é necessário pedir uma Declaração de Venda, para que as multas não continuem vindo.

Em um país cheio de picaretas, todo cuidado é pouco. Preferível comprar sempre em concessionária, apesar de não estar isento de algum golpe, por menor que seja. Carros bons, obviamente que são em U$ americanos e o método de pagamento é levar as verdinhas e contar uma por uma, estando atento para que não desapareçam com o dinheiro.

Para compensar toda confusão, o preço do carro na Argentina está de 30% a 40% mais barato que no Brasil, inclusive os carros “made in Brazil”. Aí no Brasil, o custo dos impostos é detonador.

Com muita disposição, vontade de encarar a burocracia argentina e os golpistas que estão sempre no caminho, dá para trocar de carro.

Nos sites abaixo, vejam os preços dos carros por aqui.

WWW.deautos.com

WWW.autored.com

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

McDonalds ARGENTINA

Imagine um Mcdonalds como um modelo de negócio. O que vem a mente são os conceitos de praticidade, rapidez e eficiência! Pois nada disso se aplica nas lojas argentinas. Plagiando Boris Casoy, o Mcdonalds argentino é uma vergonha!

Recentemente de férias no Brasil levei as crianças a um MacPaulista para verem a diferença. É brutal.

A começar pela quantidade de funcionários. Em Buenos Aires praticamente o funcionário faz o hamburguer e corre no caixa para cobrar! Em São Paulo, enquanto você está tirando o dinheiro para pagar, a comida já está na bandeja! E atrás do balcão há um contingente de meninos e meninas bem dispostos.

A falta de empregados nos Mcs argentinos gera filas e irritação ao cliente. Outro dia levei aqui em Buenos as crianças a uma loja e meu filho queria a tal da “ Cajita Feliz”, o tradicional “Mclanche Feliz” . Disse a ele que tudo bem, mas quem tinha que ficar na fila era ele. Alguns minutos depois, sem dar nenhum passo adiante, ele desistiu. Ficou chateado, mas teve a experiência de ver o mesmo negócio de duas formas distintas: do jeito paulista e do jeito capenga.

Pior ainda são os McCafes! Muito comum haver apenas UM empregado, que atende, cobra e prepara os cafés! Inviável! A única exceção é o Mc do aeroporto de Ezeiza. Lá tem 2 pessoas no McCafé.

Em Buenos Aires há nenhum Joakin’s, Newdog, PrimeBurguer ou coisa parecida! Se quiser comer um hambúrguer, recomendo paciência! Ou melhor, não coma!

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

"Incredible steak", ai ai ai


O free shop de Buenos Aires dá aos seus clientes “ una tarjeta” (um cartão) de fidelidade para somar pontos e trocar por alguns presentes. Em cada compra te dão uma revista. Folheando a revista vi que quem tem “ la tarjeta” tem desconto de 25% em um restaurante chamado TUCSON.

No fim de 2009 lá fui eu no TUCSON. Comi uma carne espetacular. O prato chamava “Incredible Steak”, digno de ser recomendado. Quando chegou a conta, apresentei “ la tarjeta” e o garçom foi categórico em dizer que essa promoção não estava mais vigente.

Para tirar a dúvida, quando cheguei em casa entrei no site do free shop argentino e lá estava a promoção! Mandei um email ao free shop e fui prontamente atendido. Me informaram que a promoção estava válida sim, mas tinham que ser 4 pessoas para obter o desconto. OK, estávamos em 2.

Ontem, quis repetir a experiência do “ Incredible Steak”. Levei as crianças e éramos 4. Levei a “tarjeta”, óbvio. E aí, adivinha? Primeiro a garçonete , sem graça, apos conversar com algum gerente veio dizer que para obter o desconto deveriam ser 4 pratos! ( o “incredible steak tem 1200 gramas! Impossível de comer sozinho). Disse a ela que a promoção fala em 4 pessoas, não 4 pratos. Lá foi ela falar com o gerente.

O gerente veio até a mesa e teve a cara dura de informar que a promoção era para 5 pessoas! CINCO!! Disse a ele que conhecia a promoção e que já havia entrado em contato com o free shop e sabia que eram 4! Sem graça voltou ao caixa e trouxe a conta. Na conta, criou uma coluna onde cobrava um adicional por ter dividido um prato, a pequena “incredible Steak” , e aí aplicou o desconto .

A triste visão do lugar é que dar o desconto seria tomar prejuízo e tentaram diminuir a "perda". Um absurdo. Paguei a conta e claro, não deixei um centavo de caixinha.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

A "Síndrome de Galvão Bueno"

Sorry hermanos argentinos. Vocês não devem nem ter idéia de quem é Galvão Bueno. Ele é um puta cara chato, que narra os principais jogos do futebol brasileiro pela Rede Globo, o canal de TV mais importante do pais.

Apesar de ser esse cara chato e muitos brasileiros não o suportarem , pra mim ele ainda é o melhor narrador. Usa sua voz e o poder da Rede Globo de forma irritante e empolgante.

Ao longo dos anos ele é o responsável por criar um verdadeiro ódio pelo futebol argentino. Tem uma clássica frase onde diz: “ ganhar é bom, mas ganhar da Argentina é bom demais!” Incita a torcida brasileira a torcer contra a Argentina até em campeonato de “bolinha de gude”.

E confesso que, mesmo morando na Argentina, depois de tantos anos ouvindo o Galvão, sou vitima da chamada “Síndrome de Galvão Bueno” . Concordo que ganhar dos caras é demais. Chego a ficar mais nervoso em um jogo da Argentina do que em um jogo do Brasil. Torço contra os caras até a morte!

A Copa do Mundo vem aí e me divido em torcer para o Brasil e torcer contra a Argentina. Se os caras perderem rápido é um alivio. E demais ver eles chorando e a cara do Maradona se lamentando.

Por incrível que pareça, a recíproca não é verdadeira. Lá não tem Galvão. Na realidade a TV aberta é um lixo. E os argentinos não dão metade da importância ao Brasil que nós damos para eles. Muitos deles têm o Brasil como segundo time. Se a Argentina perde torcem para nós!

Vamos secar muito os caras! Os caras ganharem seria um desastre! Dane-se o Brasil! O importante é os caras entrarem pelo cano logo! Obrigado Galvão!

sábado, 30 de janeiro de 2010

Eu e George Clooney

Este fim de semana fui assistir o filme “ AMOR SEM ESCALAS” , com George Clooney no papel principal.

Não preciso comentar sobre as semelhanças físicas entre eu e George. Mais fácil dizer que apesar dele estar mais grisalho que eu, sigo mais charmoso (e mais gostoso!)

O filme mostra um executivo que passa quase todos os seus dias viajando, sem casa fixa, sem vínculos. Seu trabalho era “ demitir” empregados e fazer palestras onde recomendava o desapego a tudo e a todos. Após anos viajando sem parar, chega a 10 milhões de milhas. Mas o momento que ele tanto esperara, não foi motivo de alegria. A tecnologia faria com que as viagens de trabalho terminassem e sua vida estava por mudar. Era hora de se enraizar e ficar em um único lugar.

Em minha penúltima viagem, escrevia no avião o seguinte texto: “Estou escrevendo de uma de minhas casas: a poltrona 13F / corredor do voo GOL 7658 e acabo de comer um pobre sanduba. Algumas vezes me questiono se estou chegando no Brasil ou Argentina e só percebo quando coloco o pé no aeroporto. Hoje estou indo. Logo volto e venho de novo. Aí vou de volta. “

Com menos milhas, mas dentro da rotina de aeroporto e em uma fase de desapego, percebo que fiquei ainda mais parecido com George.

Saludos de Marcio Clooney

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

500 mil comércios e pouca esperança


Já ouvi dizer que em Buenos Aires existem 500 mil pontos comerciais!! Não sei de onde vem esse número, mas posso acreditar.

Basta olhar para o lado e verá lojinhas atrás de lojinhas. Em um quarteirão portenho, quase que com certeza se encontra uma lavanderia, um cabelereiro, uma quitanda, um “kiosco” que vende de tudo (uma mini loja de conveniência), um café com mesas para ler jornal, uma livraria, etc... Na quadra seguinte você encontra o mercado chinês, o sapateiro, a sorveteria, a farmácia, um restaurante qualquer.

Atrás dos balcões, invariavelmente está o dono. Alem do dono, talvez esteja a mulher do dono ou seu filho/filha. Ninguém tem empregados. Não há margem e o risco trabalhista é alto.

Em janeiro é comum andar pelos bairros e ver muitos negócios fechados. O dono sai de férias e simplesmente abaixa os portões. Não há quem cuide do negócio se o dono não está. Reina a plaquinha “ Abrimos em 01.fevereiro”.

Outro dia deixei o carro para uma revisão na oficina de um amigo. A oficina é boa e grande para os padrões argentinos. Quando cheguei para buscar o carrro, encontrei meu amigo cheio de graxa. Só 2 pessoas trabalham na oficina, ele e seu pai.

O que se vê é resultado de vários anos de um pais sem nenhum projeto de crescimento industrial, que gerou quase que o fim do emprego e a fuga de muitos argentinos para países europeus, principalmente a Espanha por conta do idioma.

As lojinhas garantem nada mais que o uma vida básica aos argentinos “sem trabalho”. O que será feito para o país ser mais próspero ninguém sabe. O argentino de hoje está sem esperanças.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Bem tratados na “ Litlle São Paulo”

O senso critico de um estrangeiro está sempre aguçado e é fácil identificar defeitos e problemas , principalmente quando tudo funciona de forma diferente do que se está acostumado.

Costumo dizer que em Buenos Aires nada funciona bem, especialmente se comparado com São Paulo. Conseguem ser mais burocráticos, as vezes nada informatizados e muito atrasados.

Nada mais me surpreende depois de 3 anos morando a maior parte do tempo em Buenos Aires. Quando escuto casos de argentinos que foram morar em São Paulo, sempre dizem ter se adaptado bem e que adoram a cidade, seja pela comida, pelo tratamento que recebem. Imagino que boa sensação deve ter.

Sempre um lugar terá vantagens e desvantagens sobre o outro e falar que um é melhor que o outro é relativo.

Vejam só o que se passou nesses dias. Saí para almoçar com as crianças. Fomos a 3 quadras de casa em um excelente bistrô www.joliebistro.com.ar . Aníbal , o garçom que sempre me atende, deu tratamento VIP, a ponto de meu filho Nicolas fazer a observação que este é o melhor garçom que conhece!

Fomos para casa e a mais tarde saímos caminhando pela tranqüilo bairro até o STARBUCKS . Atendimento foi perfeito e divertido. Ficamos mais de uma hora brincando.

Seguimos andando até a locadora de DVDs. Chegando lá , as crianças escolheram alguns chicletes e doces e o atendente, extremamente simpático, não cobrou, dando o presente as crianças.

No caminho de casa comentei com as crianças que somos bem tratados na Argentina! O bom crítico teve que reconhecer o bom trato. Mas para não perder o bairrismo paulistano, vou batizar nosso bairro que se chama Belgrano R de Litlle São Paulo!

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

A praia de Buenos Aires!



O mar está a mais de 300Km de Buenos Aires e no verão o portenho vai em massa para " La Costa", o litoral argentino. Os preços são praticamente os mesmos do que ir ao Brasil porém com um mar gelado e areias escuras. O trânsito para ir a " la costa" também é infernal como no Brasil.

A cidade de Buenos Aires em janeiro fica ótima! Sem filas e com bem menos portenhos!

A grande sacada foi pelo segundo ano consecutivo tornar um parque dá de frente para o Rio da Plata em uma "playa"! Encheram a grama de areia, guarda sol e cadeiras, fizeram quadras de volei de praia e colocaram duchas para se refrescar! Só não dá para mergulhar no sujo Rio da Plata!

A paisagem é bem bonita, tem menos farofeiro que nas praias de verdade e não tem que pegar estrada! Dá até para ver umas argentinas de biquini! Só não venha de sunga, porque aqui vão pensar que é cueca!

Visite http://www.buenosairesplaya.gob.ar/

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

A Katástrofe Argentina




Kada um kom seu problema.

Enkuanto o mundo akompanha katástrofes do início do ano, por aki os K só fazem kagada.

A katástrofe argentina é o kasal K.

Só kerem roubar e os koitados dos argentinos ainda tem de enkarar mais 2 anos com Kristina e o maridão.

Muitos konfessam ter vergonha do país e têm saudade da époka em que a Argentina era um pedacinho da Europa. Será ke foi mesmo?

Karaka! Isso aki tá fedendo kalote, krise. O ke ta salvando é o poderoso vizinho, pelo menos por enkuanto.

Ke Dios ayude!! Y de un basta en los Ks!!

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Estamos de "vacaciones"




Caros Amigos Leitores,
Estamos de "vacaciones".
Novos textos em breve!
Saludos e bom início de ano!